quinta-feira, 14 de março de 2013

Hospital Dr Anísio Figueiredo, 25 anos

NOTÍCIA FOLHA DE LONDRINA

14/03/2013 -- 00h00

Hospital da Zona Norte completa 25 anos

Primeiro paciente da unidade reencontra médica que realizou o atendimento
Gustavo Carneiro
Heber Leal Neves com a a pediatra Heloísa Simonini Delfino: "É um prazer reencontrar quem me ajudou"
Marcos Zanutto
Hospital tem 130 leitos e atende cerca de 250 pessoas diariamente
Olga Leiria
A copeira Maria Conceição Mata começou a trabalhar no hospital um dia antes de ser inaugurado
O Hospital Dr. Anísio Figueiredo, mais conhecido como Hospital da Zona Norte (HZN) de Londrina, completa 25 anos no dia 18 de março. A reportagem da FOLHA conseguiu reunir o primeiro paciente da unidade, localizada no Conjunto Violin, e a médica que realizou o atendimento. Heber Leal Neves tinha apenas três anos de idade e foi atendido pela pediatra Heloísa Simonini Delfino.

O reencontro aconteceu em frente ao hospital. Heloísa chegou primeiro e relembrou os primeiros dias no hospital. "Eu terminei a Pediatria na UEL (Universidade Estadual de Londrina) em 1985, em 1987 fiz o concurso público e no ano seguinte comecei trabalhar aqui", recordou, afirmando que o ambiente era bom e em pouco tempo conheceu o pessoal da unidade. "É uma comunidade que tem orgulho da zona norte", destacou.

Heloísa trabalha em consultório próprio e guarda boas lembranças do período em que atendeu no HZN, mas também se recordou de momentos difíceis. Um dos episódios foi a superlotação do HZN, quando os residentes do Hospital Universitário (HU) entraram em greve. "Também me lembro do dia em que parte do teto do hospital desabou, mesmo sendo um prédio novo", ressaltou.

Neves confessou que não se recorda do dia em que foi pela primeira vez ao Hospital da Zona Norte. Por causa de um problema nos pulmões, ele passou a ir ao hospital com certa regularidade. Ele demonstrou gratidão por Heloísa ter cuidado de sua saúde nos primeiros anos de vida. "É um prazer reencontrar quem me ajudou. Eu tinha crises de asma e bronquite quando criança. Durante dez anos vinha aqui frequentemente para fazer inalação", salientou.

Heloísa se lembra de ter visto Neves várias vezes na unidade de saúde. "A gente marca (a fisionomia) porque foi o primeiro atendimento. Se eu reencontrasse a mãe dele, talvez a gente compartilhasse mais lembranças", declarou. Hoje Neves está curado e não precisa mais fazer inalações.

Início

A ideia de construir uma unidade hospitalar surgiu em 1983 devido ao aumento da demanda na região e acabou sendo abraçada pelos políticos da cidade. Na época houve dificuldades para a implantação do hospital naquele área, onde havia uma uma plantação de batatas, mandioca e milho. O produtor queria ter sua propriedade desapropriada só se a prefeitura compensasse também pelas plantações. Segundo o diretor administrativo da época, José Rojas Gavilan, o proprietário só concordou em vender o terreno depois que o Provopar adquiriu todos os produtos, que foram destinados a entidades assistenciais.

As obras começaram em meados de 1985 e só foram concluídas em 1988, quando a população da região atingiu 75 mil habitantes. Inicialmente, o prédio, que era chamado de mini-hospital ou HUzinho, possuía 18 leitos, salas para pequenas cirurgias e para atendimentos de pediatria, ginecologia e obstetrícia, clínica médica e pronto-socorro. Os 148 primeiros funcionários foram contratados por concurso público e treinados por funcionários do HU.

A atual diretora de Enfermagem do HZN, Denise Scaneiro Sardinha, de 50 anos, trabalhava no HU e pediu transferência para o HZN, quando foi inaugurado. "Hoje nos chamam de 'dinossauros', mas o foco sempre foi o paciente, por isso os mais velhos sempre repassaram os conhecimentos para os mais novos", salientou. Ela diz que se lembra de todos os profissionais que passaram pelo hospital e que todos viveram altos e baixos, mas ajudaram o hospital a chegar ao ponto que está hoje.

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